quinta-feira, 2 de junho de 2016

COMUNIDADE DE INVESTIGAÇÃO





No Programa de Filosofia para Crianças, criado pelo filósofo Mattew Lipman, estabeleceu-se uma prática de investigação em comunidade como metodologia educacional baseado na teoria de Vigotsk. Por esse motivo, esta técnica pode ser apreendida por todos os profissionais da área de Educação.

Na Comunidade de Investigação desenvolvem-se as habilidades e competências dos participantes do processo dialógico.

O diálogo é o principal instrumento provocado por situações criadas em sala de aula para instigar os alunos à investigação filosófica.

Desta maneira, o diálogo vai além da sala de aula, os alunos passam a questionar e discutir os assuntos com as pessoas de seu convívio, porque aprendem a observar o mundo em que se vive para formular conceitos próprios por autonomia. As crianças interagem com os pais, com os demais membros da escola, com colegas, amigos, vizinhos, parentes e qualquer pessoa que ela busque para interagir. Com isso, as habilidades do pensamento, de leitura, oralidade, escrita e escuta ficam aguçadas.

É todo esse movimento que denomina-se Comunidade de Investigação, pois os alunos em sala de aula participam em comunidade e esta se estende aos âmbitos de suas vivencias independente do lugar que é a escola.

Na Comunidade de Investigação as crianças são instigadas, metodologicamente provocadas a pensar, a desenvolver o pensamento crítico-criativo-cuidadoso.

Por conseguinte, a Comunidade de Investigação envolve qualquer pessoa que esteja em relação com o movimento intrigado de busca por novas descobertas.

Uma das principais características da pessoa que investiga em comunidade é o uso da auto-correção: nesta metodologia de ensino-aprendizado o conteúdo não é despejado nem dado pronto ao educando, ele precisa buscar e elaborar conceitos por si mesmo; então, torna-se comum cometer erros e os reconhecer percebendo que a falibilidade também compõe a humanização.

Neste sentido, há uma ruptura epistemológica com teorias da educação tradicional, o objetivo é edificar o mega-paradigma pela busca da autonomia da pessoa.

Lecionar em comunidade de investigação é muito trabalhoso porque o professor deve ter domínio do pressuposto pedagógico para promover a ampliação cognitiva do conteúdo objetivo e lúdico ao mesmo tempo.

E ainda, ter muita humildade para lidar com várias circunstâncias, como ter sua aula confundida com brincadeira de conversa após todo trabalho com jogo progressivo de palavras pensadas.
Assim sendo, alguns mal entendidos aparecerão no momento da avaliação, as correções avaliativas também fazem parte do desenvolvimento da aula e do processo ensino-aprendizado.

Ou seja, avaliar não significa colocar os alunos à prova, trata-se de oportunizar a compreensão de outra maneira - (trabalharemos a perspectiva da avaliação em nosso próximo texto, bem como das habilidades e competências).

Portanto, a Comunidade de Investigação forma uma rede de ideias compartilhadas por meio de diálogo aplicado lógico-didaticamente em qualquer âmbito e esfera educacional. 
FONTE: http://www.filosofia.com.br/vi_criancas.php?id=6

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